Ministra Luiza Bairros recebe ttulo de Cidadania Baiana e Z Neto a parabeniza pela luta em prol da igualdade racial

Deputado acompanhou ministra na entrada de Sessão Especial em que foi condecorada; Amigos, familiares e admiradores também prestaram homenagem
 
Gaúcha de nascença, mas baiana de coração, a ministra chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR-PR), Luiza Bairros, recebeu na tarde desta quinta-feira (28), em Sessão Especial na Assembleia Legislativa da Bahia, o título de Cidadã Baiana. O deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Casa, prestigiou a sessão e, juntamente com o colega Rosemberg Pinto (PT), foi responsável por recepcionar a ministra na abertura da sessão. 
 
A proposta da condecoração foi feita pela também petista Fátima Nunes. A deputada justificou o título de Cidadã Baiana à ministra “em virtude de sua atuação a favor da promoção da igualdade racial no Estado da Bahia”. O texto destaca ainda a “acentuada dedicação no combate ao racismo, especialmente, numa cidade de diáspora social violenta, onde a negritude é alvo das discriminações.” 
 
Na saudação à ministra, o deputado Zé Neto também destacou suas importantes contribuições para a promoção da igualdade na Bahia. “A sociedade brasileira está sendo formatada, e a participação da negritude, do movimento negro, neste processo de reconstrução é fundamental. A Bahia é o estado das cotas, que vem dando certo. O Brasil está se transformando no país da inclusão social, em que 40 milhões de pessoas ascenderam para a classe média, sendo que desse total, três em cada quatro era negro. 
 
E nesta construção de um novo Brasil, neste cenário, a ministra é uma das grandes personagens, é um dos grandes agentes sociais transformadores, especialmente agora, no cargo que ocupa. Por conta disso, merece o nosso reconhecimento”, afirmou.
 
Em sua fala, a homenageada se emocionou e agradeceu a todos pelo reconhecimento. “Eu só cheguei até aqui porque estive com vocês e porque vocês deixaram eu participar dos grupos, atuar dentro deles. (...) Agradeço aos baianos e baianas por terem deixado eu aprender com vocês o jeito de ser, de pensar, de viver nesta terra. Acredito que esteja sendo uma boa aprendiz de como ser baiana, e por isso o título”, afirmou Luiza Bairros.
 
Além de Zé Neto, outros políticos e admiradores da ministra também marcaram presença na sessão. Destaque para o ex-governador Waldir Pires (atualmente vereador por Salvador); o secretário da Infraestrutura, José Sérgio Gabrielli; a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Vera Lúcia Barbosa; o secretário estadual de Promoção da Igualdade, Elias Sampaio; o deputado federal Luiz Alberto; a deputada estadual Neusa Cadore; o presidente estadual do PT, Jonas Paulo; o vereador de Salvador e militante do movimento negro, Silvio Humberto, entre outros.
 
Conheça a história de Luiza Bairros
 
A trajetória da ministra Luiza Bairros, cuja militância no movimento social negro e a vida profissional estão totalmente relacionadas com a Bahia, é a principal justificativa para o título de Cidadã Baiana. Antes de assumir o cargo de Ministra da SEPPIR, no governo da presidenta Dilma Rousseff, em janeiro de 2011, ela foi titular da Secretaria de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia (Sepromi). O órgão tratava de políticas para mulheres e de igualdade racial, até ser desmembrado em 2011 para cuidar apenas de questões raciais.
 
Nascida em Porto Alegre-RS, ela cursou na Universidade Federal gaúcha a graduação em Administração Pública e Administração de Empresas, mas vive em Salvador-BA desde 1979, quando passou a atuar no Movimento Negro Unificado (MNU).
 
Em 1981, iniciou sua militância no movimento de mulheres a partir da formação do Grupo de Mulheres do MNU. Dez anos depois, foi eleita primeira Coordenadora Nacional do MNU, organização em que permaneceu até 1994, tendo participado ativamente das principais iniciativas do movimento negro na Bahia e no Brasil.
 
No mesmo período, trabalhou na então Secretaria do Trabalho e Ação Social do Estado da Bahia, gerenciando Programas de Apoio ao Trabalhador Autônomo e atuando em pesquisas e estudos sobre o mercado de trabalho na Bahia e Região Metropolitana de Salvador. Dessa experiência, resultou sua dissertação de Mestrado em Ciências Sociais, “Pecados no Paraíso Racial: o negro no mercado de trabalho da Bahia – 1950-1980”, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
 
Em 1998, ao retornar de uma temporada de quatro anos nos Estados Unidos, onde cursou pós-graduação em Sociologia, na Michigan State University, tornou-se Pesquisadora Associada do Centro de Recursos Humanos (CRH), da UFBA, e fundou o Projeto Raça e Democracia nas Américas, em parceria com a organização norte-americana Conferência Nacional de Cientistas Políticos Negros. Esta iniciativa promove a troca de experiências entre estudantes de pós-graduação afro-brasileiros e pesquisadores afro-norte-americanos.
 

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