Maior iniciativa governamental voltada para a transferência de renda do mundo, o programa Bolsa Família completa dez anos de criação registrando resultados positivos na ampliação da cidadania e inclusão social que ajudaram milhões de brasileiros a sair da miséria. Na Bahia, a primeira década do programa implantado pelo governo federal foi comemorada na noite desta quinta-feira (28), no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, com uma homenagem aos beneficiários e a apresentação dos números do plano Brasil Sem Miséria, pelo governador Jaques Wagner e a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.
Desde 2003, o estado teve o quantitativo de famílias beneficiárias aumentado de 520 mil para 1,8 milhão, maior número de famílias atendidas, aglutinando o maior volume de recursos transferidos mensalmente. Por meio do Bolsa Família, R$ 3,3 bilhões serão inseridos na economia baiana em 2013.
“Dinamiza a economia, movimentando a feira, o mercado e todo o comércio dentro dos pequenos municípios porque é um dinheiro gasto pelas famílias para melhorar suas condições de vida pois o Bolsa Família é a grande revolução social feita no Brasil”, disse o governador.
A Bahia é o estado onde as ações para a superação da extrema pobreza tiveram maior impacto desde 2011, quando foi lançado o Plano Brasil Sem Miséria com a meta de superar a extrema pobreza até o final de 2014 por meio de ações em três áreas de atuação: garantia de renda, inclusão produtiva e acesso a serviços públicos.
Nos últimos três anos, 3,5 milhões de baianos saíram da situação de miséria absoluta, por meio do Bolsa Família, em sintonia com políticas sociais de inclusão produtiva , segurança alimentar e proteção social.
Uma das beneficiárias homenageadas durante as comemorações, Elza Bomfim encontrou no programa uma oportunidade de mudar de vida. “Estava grávida e desempregada quando me inscrevi e hoje, através do Bolsa Família, eu consegui ser selecionada e ingressar no ensino superior para cursar Serviço Social”.
Outro indicador importante são os números da mortalidade infantil na Bahia, que nos últimos cinco anos caiu 17% em razão dos programas sociais, a exemplo da Bolsa Família, que vai a todas as famílias carentes. Associada ao benefício, uma avaliação das condições de saúde e educação permite o acompanhamento das crianças.
De acordo com a ministra, a Bahia é um estado estratégico para o programa. “Além do dinheiro que vai diretamente para o bolso das pessoas e o destaque da Bahia é o esforço em fazer do Bolsa Família uma porta de entrada para cursos de qualificação profissional, fortalecer o micro empreendedor individual oferecendo crédito e com isso construir uma estratégia para que a vida da população continue melhorando”.
Mais de 3 milhões de baianos com renda familiar de até três salários mínimos fazem parte do Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que dá acesso ao Bolsa Família e outros programas sociais.
A secretária estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Moema Gramacho, explica que o objetivo central é aumentar a produção dos agricultores no campo. Já nas áreas urbanas, as ações são focadas em qualificação de mão de obra e identificação de oportunidades de geração de trabalho e renda.
“Esse trabalho de inclusão produtiva tem inserido muitas pessoas no mercado de trabalho e é importante lembrar que o Bolsa Família não apenas garante a alimentação das famílias, mas mexe com a macro e a microeconomia”.
Com o benefício de R$ 350, a costureira Jucilene dos Santos conseguiu melhorar a vida dela e dos quatro filhos. “Com a ajuda do dinheiro, eu aprendi a costurar e comprei máquinas de costura, o que me ajudou a aumentar minha renda. Agora, espero o dia em que não dependa mais do benefício, que pode ajudar pessoas como eu”.
Também participaram do evento a secretária-executiva do ministério do Planejamento, Eva Maria Chiavon, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, o senador Eduardo Suplicy, o vice-governador e secretário estadual de Infraestrutura, Otto Alencar, e os secretários estaduais da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, César Lisboa.
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