O Vida Melhor, programa de inclusão socioprodutiva do Estado da Bahia, acaba de ganhar o prêmio Rosani Cunha, em Brasília. Capitaneado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), o programa foi escolhido entre 160 experiências que, dentro da proposta do Brasil Sem Miséria, apostam na emancipação das famílias que dependem do Bolsa Família e na erradicação da extrema pobreza. Destas práticas, doze (três estaduais e nove municipais) foram selecionadas para visitação. O prêmio foi entregue pela ministra Tereza Campello ao assessor do gabinete da Sedes, Ailton Florêncio, e à superintendente de Assistência Social da Sedes, Angela Gonçalves, nessa terça-feira (17), durante as atividades da 9ª Conferência Nacional de Assistência Social, na Capital Federal.
O Vida Melhor tem incluído, de maneira socioprodutiva e por meio do trabalho decente, pessoas em situação de pobreza e com potencial de trabalho na Bahia, com vistas à sua emancipação. Possuindo duas vertentes, Rural e Urbana, tem como prioridade ampliar a ação para todo o estado, viabilizando a inclusão produtiva dos pequenos empreendedores que necessitam orientação, acompanhamento e equipamentos para deslancharem em seus negócios, além de facilitar o seu acesso ao microcrédito.
São milhares de pequenos empreendedores informais beneficiados pelo programa em Salvador, Região Metropolitana e Feira de Santana. Em um ano de criação, o Vida Melhor Urbano, já distribuiu 1.924 equipamentos e realizou mais de 9 mil atendimentos a pequenos empreendedores de Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Dias D’Avila e Camaçari, levando qualidade de vida a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade.
A efetividade da ação chamou a atenção do Ministério de Desenvolvimento Social que enviou uma equipe técnica para estudar a implantação do programa como modelo em todo país. Também o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi seduzido pela ação e se ofereceu para fazer um estudo de impacto do programa sobre as famílias.
“Temos muitos motivos para comemorar" salientou a titular da Sedes, Moema Gramacho, reforçando os dados do MDS que comprovam a retirada de 36 milhões de pessoas da linha de pobreza no Brasil e dos 3,5 milhões que saíram da extrema pobreza na Bahia. "Aliado aos programas intersetoriais como o Minha Casa Minha Vida e o Minha Casa Melhor, o Vida Melhor é um dos melhores programas de inclusão produtiva que, efetivamente, transformam a vida das pessoas para melhor”.
Prêmio – O Prêmio Rosani Cunha visa reconhecer e valorizar as boas práticas nas áreas de assistência social, segurança alimentar e nutricional, transferência de renda e inclusão produtiva. Nessa edição, teve como temática as “Ações Integradas para a Proteção e Promoção Social” e o seu nome presta uma homenagem à ex-secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS, Rosani Cunha, falecida em novembro de 2008.