Bahia registrou 28% de aumento no nmero de doao de rgos em 2013

Com um total de 97 doações de múltiplos órgãos durante o ano passado, a Bahia registrou um aumento de 28% em relação ao número de doações no ano anterior (2012). O percentual é o dobro da média brasileira, que ficou em torno de 14%, segundo o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), o médico Eraldo Moura. As mudanças e investimentos que estão sendo implementados no programa de transplantes da Sesab trouxeram também outros resultados positivos: a média de doadores de órgãos, que em 2006 era de 1,3 por milhão de habitantes, alcançou a marca de 8,8 por milhão.

Para Eraldo Moura, a estruturação dos Grupos de Apoio à Doação (GADs) e o credenciamento das Organizações de Procura de Córneas (OPCs) foram medidas que apresentaram impacto positivo no processo de doação e transplantes de órgãos. Em 2013, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) contabilizou 208 doações de córneas, contra 133 doações em 2012, o que representa um aumento de 55%.

"Nossa meta é zerar a fila de espera para transplante de córnea e elevar o número de doadores para 10 por milhão de habitantes até o final do ano", afirma o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes. No ano passado, o tempo de espera por um transplante de córnea foi de 20 meses, uma redução de 30% em relação ao ano anterior, que era de 36 meses.

Novos Projetos

O credenciamento de unidades hospitalares para transplante cardíaco e de pulmão, em Salvador, e a realização de transplante renal em Vitória da Conquista são metas anunciadas pelo médico Eraldo Moura para esse ano. Conforme o médico, atualmente o estado conta, na busca ativa de potenciais doadores, com sete Grupos de Apoio à Doação, distribuídos em Salvador e nos municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna e Teixeira de Freitas, além de 30 Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).

Para Eraldo Moura, embora o número de doações e transplante de órgãos venha aumentando a cada ano, o índice de negativa das famílias de potenciais doadores ainda é um se constitui num entrave para reduzir as filas de pessoas à espera de um órgão para transplante. "Para se ter uma idéia", pontua o médico, "em 2013 foram feitas 419 notificações de morte encefálica e dessas, somente 97 doações foram efetivadas".

O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes acredita que o desconhecimento do processo doação/transplante por parte da população, e até de alguns profissionais de saúde, é a principal causa da resistência à doação, e defende a ampliação de ações educativas já desenvolvidas pela Sesab como de fundamental importância para reverter a situação. Estas ações, de acordo com o médico, devem contemplar não só as comunidades, mas também escolas, faculdades e hospitais.

As doações de órgãos registradas no ano passado possibilitaram a realização de 427 transplantes de córnea, 64 de fígado, 115 de rim e 29 de medula óssea. Existem atualmente 1.976 pessoas em fila de espera por um transplante, sendo 1.027 de rim, 889 de córnea e 60 de fígado.

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