Governo do Estado prioriza solues para reverter o fechamento da Yazaki em Feira

“Não vamos medir esforços para defender os interesses dos trabalhadores da nossa cidade", declara o deputado Zé Neto.

Empenhados e mobilizados em discutir saídas que evitem o fechamento da empresa Yazaki, em Feira de Santana, reuniram-se na Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SICM) em Salvador, nesta quinta-feira (12), o secretário James Correia, o deputado estadual Zé Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado federal Fernando Torres, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), Cedro Silva, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Fábio Dias, além de representantes dos Sindicatos dos Petroleiros e Rodoviários.

A Yazaki, que concedeu desde a última terça-feira (10) licença remunerada pelo período de 20 dias para a maioria dos seus funcionários lotados na fábrica de Feira de Santana, não havia requisitado o governo para dialogar a cerca das insatisfações que levaram à decisão de fechar a unidade. James Correia relata: “Havia nas visitas a Feira de Santana uma preocupação geral das empresas com a conjuntura econômica, mas, principalmente, com o aumento do IPTU que está assustando as empresas. No caso da Yazaki, que tem mercado garantido na fabricação para Ford na Bahia, não faz nenhum sentido ela sair da região”.

Sobre a motivação de crise do setor automotivo que levou a fabricante de autopeças a adotar medidas para preservar sua competitividade no país, Fábio Dias afirma que a Yazaki não encontra em Feira de Santana problemas que desencadeiem o fechamento. “O produto deles vem de um sistema de energia da Ford, vendem sem impostos, a operação vem de lá exonerada. Os impostos federais, o que têm aqui terão em Sergipe ou qualquer estado que forem. O sindicato não tem nenhum processo coletivo contra a empresa”, conta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

O deputado Zé Neto lembra que a empresa sempre teve todo apoio do governo do Estado, inclusive, a fábrica é instalada num prédio do governo estadual de forma gratuita. “As informações que temos é que ela teria transferido suas ações para Sergipe, e nos parece mais uma vez a história dos incentivos fiscais, desse ‘capital Andorinha’, que fica um tempo num canto, um tempo no outro”, revela sobre a situação que considera delicada.

James Correia acha que não existe justificativa – IPTU alto, Sindicato combativo ou mesmo a localização fora de Camaçari – para decidirem se deslocar do município. “Feira de Santana é um destino preferencial das empresas que estão chegando à Bahia - de tecnologia, alimentação. O Governo se esforça para a Bahia liderar essa coisa de lançamento de veículo e desenvolvimento do setor automobilístico. Queremos atrair novas empresas, gerar novos empregos e foi uma surpresa esta decisão da Yazaki ”.

Representante responsável por discutir a política industrial do Estado, o secretário de Indústria, Comércio e Mineração se dispõe a negociar com os diretores da Yazaki para esclarecer a situação. “Estaremos reunidos com a direção da empresa que fica em São Paulo, também discutindo com a Ford uma solução de tal forma que a gente consiga superar esse momento”, afirma James Correia com expectativa de que na próxima semana tenham conseguido um resultado para passar aos trabalhadores e a sociedade.

Também haverá na próxima segunda-feira (16), às 8 horas, mobilização em prol da causa na Prefeitura de Feira de Santana. O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto declara: “Como sempre fizemos, estamos solidários e juntos com o Sindicato dos Metalúrgicos, com a CUT e com os interesses da cidade, que nesse momento converge para evitar essa situação que, com certeza, é um baque em nossa economia e mercado de trabalho”.

Sobre a Yazaki

Instalada em Feira de Santana, em 2002, a Yazaki produz chicotes elétricos para atender à fábrica da Ford, em Camaçari. A empresa, inteirada em tecnologia, utiliza equipamentos para fabricação, montagem e teste de seus produtos. Desde a implantação da fábrica da Ford, a Yazaki adquire produtos de automação da Open System, como leitores sem fio, coletores de dados , impressoras de código de barras da Zebra, serviços de desenvolvimento de aplicações móveis e desenho, especificação de novos projetos e contrato de fornecimento de ribbons.

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