Com o tema Transporte Coletivo: Segurança de passageiros e condutores, a audiência jogou luz sobre o número crescente de assaltos que vem afetando a qualidade de vida dos cidadãos santo-estevense.
Com o objetivo de debater os transtornos ocorridos com passageiros e motoristas das vans do Transporte Coletivo de Santo Estêvão, relacionados ao número crescente de assaltos na região, representantes do poder público, da comunidade, órgãos fiscalizadores e de segurança, participaram da Audiência Pública na manhã desta sexta feira (15), na Câmara Municipal de Vereadores de Santo Estevão.
Com o tema Transporte Coletivo: Segurança de passageiros e condutores, a audiência jogou luz sobre este problema que vem afetando a qualidade de vida dos cidadãos santo-estevense. Segundo um dos idealizadores da reunião, o vereador e presidente da Associação de Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Santo Estevão (ASCAVERSE), Edmundo Pracista, foram mais de 15 assaltos em aproximadamente dois anos. Ele solicitou das autoridades competentes providências para frear a açãos destes bandidos. “Eles entram nas vans como passageiros e durante o percurso anunciam o assalto; alguns deles chegam a seqüestrar o veículo, levando para estradas vicinais, um terror para motoristas e passageiros que ficam a cada dia mais amedrontados”, relatou.
O representante da Polícia Militar, Tenente Geílson, listou algumas ações que estão além do policiamento ostensivo que podem inibir as ações dos marginais. “O policiamento sozinho não é capaz de sanar todos os problemas, pois nunca daremos conta de todos os ambientes. Existem ações de baixo custo que podem reduzir a criminalidade, como a coleta de passagens antes do embarque; exigir documentação do passageiro e a implantação de detector de metais”.
Além destas medidas, foi consenso entre os presentes que é necessário o empenho de toda a população para que estas ocorrências sejam denunciados. “A polícia trabalha com dados. Sem o registro da ocorrência, não temos como investigar”, relatou o representante da polícia civil Francisco Anísio. O inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Vieira, reiterou as medidas pontuadas e parabenizou a iniciativa que possibilitou a Audiência. “Esta é uma bela oportunidade de integração entre os diversos órgãos para buscar soluções em conjunto com a população. Que esta integração permaneça através da denúncia e nas informações sobre as ocorrências”.
O coordenador da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicação (AGERBA), Rosevaldo Ferreira, destacou a importância socioeconômica do transporte complementar para a região. “O transporte complementar cumpre um papel importante para a economia, quando as pessoas que são transportadas compram serviços de outras cidades e movimentam a renda destes lugares. A AGERBA estudará uma resolução via colegiado, se empenhando na melhoria da segurança”.
O coordenador da 3ª Ciretran, Silvio Dias, aplaudiu a iniciativa da população em realizar a Audiência Pública. “Foi uma reunião bastante proveitosa, onde a comunidade de Santo Estevão buscou apoio dos órgãos de Segurança Pública para resolver um problema da comunidade, que vem sendo alvo, junto dos veículos do transporte alternativo, da ação delituosa por parte de criminosos”.
Como deliberações da Audiência, ficou acordado que haverá intensificação na fiscalização por parte da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, a indicação de que as ocorrências sejam registradas e a sugestão para que as associações de transporte exijam a documentação e retirada de passagens nos pontos de embarque, como forma de identificar os usuários e inibir a atuação e motivação para os assaltos.
Estiveram na reunião representantes da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, AGERBA, Ciretran, Conselho Municipal Segurança Comunitária, Sindicato Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Santo Estevão, representantes do poder público e comunidade local.