Na manhã desta terça-feira (8), o Dia Internacional da Mulher, foi marcado, em Feira de Santana, pelo ato “As Mulheres em Marcha por Mais Direitos sem Nenhum Direito a Menos”. Articulado pelas lideranças sociais, a ação pontuou reivindicações trabalhistas e sociais. Dentre as questões levantadas, foi pontuada a reforma da previdência, com a tentativa de equiparação do tempo de aposentadoria de homens e mulheres.
De acordo com Lua Marina, militante da Marcha Mundial das Mulheres, essa reforma retrocede a conquista histórica do movimento feminista. A atividade, representada por mulheres do campo e da cidade, reflete a luta pelas conquistas de direitos de forma justa e igualitária. “A luta é contínua, precisamos lutar pela busca de mais espaços, pela autonomia, pela liberdade. Precisamos conquistar e assegurar os direitos e não perdê-los”, enfatizou Conceição Borges, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A unificação dos movimentos sociais em prol da melhoria da qualidade de vida foi bastante evidenciada. Para Lonice Rocha, integrante da direção estadual do MST da Bahia, o dia da mulher são todos os dias. “A data, 08 de Março, é simbólica, percebemos a necessidade de se unificar, sair do campo e vim para as rua, se unindo com outros movimentos sociais para reivindicar pautas que garantam o direito da mulher. Estamos em defesa do meio ambiente, por uma alimentação saudável, contra os agronegócios, contra o golpe, que permaneça a democracia, onde conquistamos com muita luta. Precisamos assegurar o direito do voto e, consequentemente, o direto de reivindicar. Reconhecemos que foi através do governo Lula, que conseguimos um avanço nos nossos direitos. O nosso lema é unificar as lutas”, destacou.
O Mandato da Luta, acompanhou a marcha, no intuito de reafirmar o
compromisso no que tange as conquistas dos direitos das mulheres. O secretário da Secretária Estadual de Desenvolvimento Rural – SDR, Jerônimo Rodrigues, também esteve presente e destacou a importância da simbologia do ato, representado pelas lideranças de diversas mulheres dos movimentos sociais. “A mulher tem um papel importante na economia do Estado, na comunidade em que vivem, e nós sempre conseguimos enxergar isso em nossas mães, irmãs e esposas. Nossas companheiras, sempre foram vistas no âmbito familiar, entretanto, o que temos visto, nos últimos tempos, é o lugar da mulher em outras esferas de atuação, seja no sindicato, na associação, na cooperativa, no movimento de luta pela terra e agora, mais do que nunca, a mulher na Presidência da República. Queremos que nessa eleição municipal, mais mulheres atuem no cenário político para que as pautas de reivindicações das mulheres sejam de fato respeitadas e dignificadas”, concluiu.
O encontro reuniu cerca de 400 mulheres, saindo do Terminal Nordestino até, em frente, ao Paço Municipal, e contou com a participação de integrantes da Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Movimento de Organização de Mulheres em Defesa da Cidadania (MONDEC), Levante Popular da Juventude, Consulta Popular, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento de Organização Comunitária (MOC), Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAFS), Movimento de Mulheres Olga Benário, União da Juventude e Rebelião, Levante e Lute UEFS, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem-Terra (MST), Coletivo de Empoderamento de Mulheres em Feira de Santana, Movimento de Luta nos Bairros e a Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (AMES).