A discussão foi realizada em sessão especial na Assembleia, proposta pela deputada Neusa Cadore
O projeto de construção do primeiro Polo da Indústria Naval da Bahia, que será instalado no Recôncavo Baiano, foi tema de sessão especial nesta quinta-feira (26), na Assembléia Legislativa da Bahia. O objetivo foi debater questões sobre o desenvolvimento econômico gerado para a região e o Estado e dúvidas sobre os possíveis impactos socioambientais.
“Precisamos avançar nessa discussão e reconhecer a sua importância. A construção desse polo com certeza trará grandes benefícios para a economia de todo o Estado. Chamar a atenção para a responsabilidade de fazer com desenvolvimento, crescimento sustentável e pé no chão, pois é isso que a Bahia merece”, destacou Zé Neto.
De acordo com o secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, o Polo Naval representa um investimento estimado em, pelo menos, R$5 bilhões. Um bilhão em recursos governamentais, através do governo do Estado, União e concessionárias, e mais R$ 4 bilhões da iniciativa privada, garantidos através de protocolos de intenção. As empresas Odebrecht e Setal/OAS já aderiram ao projeto.
Também participaram da sessão o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Juliano Matos; o diretor do Instituto de Gestão das Águas, Júlio Rocha; prefeitos do Recôncavo, representante do Ibama e do Instituto Chico Mendes, além de representantes da sociedade civil e ONGs ambientalistas.
Projeto - O Polo da Indústria Naval, o primeiro da Bahia, foi idealizado pelo Governo do Estado com apoio do Governo Federal e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), para a fabricação de navios e embarcações de grande porte. No anúncio, feito no final do ano passado, o governador Jaques Wagner destacou que o projeto está alinhado dentro dos princípios de sustentabilidade e do respeito à diversidade cultural local.
A fase inicial da construção prevê a implantação de três estaleiros na foz do Rio Paraguaçu nos municípios de Maragogipe e Saubara. A expectativa é que sejam gerados mais de 10 mil postos de trabalho com o empreendimento.
A implantação do Polo vai aproveitar o potencial e a vocação natural da Baía de Todos os Santos, considerada a maior extensão litorânea do país e que já teve os melhores estaleiros Brasil e da América Latina. Além disso, deve atrair novos investimentos, incrementar a economia regional e impulsionar a formação de mão-de-obra qualificada.