A Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa realizou, na manhã desta terça-feira (2), uma Audiência Pública para discutir a situação da assistência psiquiátrica no Estado. O deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo, participou da audiência presidida pela deputada estadual Fabíola Mansur (PSB).
A audiência teve como objetivo principal buscar soluções para a situação do Hospital Juliano Moreira e do Hospital Especializado Mário Leal, em Salvador; do Hospital Especializado Lopes Rodrigues, em Feira de Santana; e do Hospital Especializado Afrânio Peixoto (HAP), em Vitória da Conquista; que atingiram baixos índices no Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNASH/Psiquiatria 2012-2014) e por isso serão descredenciados do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na ocasião, Zé Neto parabenizou a iniciativa e destacou a importância do tema. “Parabenizo a deputada Fabíola pela realização do evento. A saúde mental na Bahia evoluiu nos últimos anos e passou a ser tratada com mais humanidade, principalmente depois do Governo Wagner, porém estão postos novos desafios com a redução de recursos e a exigência do Ministério da Saúde com relação ao descredenciamento de diversos hospitais. O Hospital Lopes Rodrigues, por exemplo, faz um excelente trabalho e apresentou evolução considerável no atendimento e retorno de pacientes para seus lares, um processo gradativo que vem acontecendo de forma muito exitosa”, afirmou.
O deputado destacou ainda o atual cenário econômico e a preocupação do Governo do Estado na resolução da situação. “Agora nós temos menos recursos e mais dificuldades por parte do Ministério da Saúde. Temos que encontrar saídas e esse debate deve apontar para esse caminho. O Governo do Estado está preocupado em resolver o problema, o próprio secretário de Saúde está aberto ao diálogo sobre soluções para dar continuidade à política de saúde mental sem prejudicar os pacientes. Precisamos pensar a saúde mental de forma mais ampliada, para que possamos encaixar as pessoas que sofrem com dependências químicas, depressão e outras situações cada dia mais comuns. Espero que o debate contemple esse aspecto para que, ao invés de fecharmos as unidades, possamos recompor a forma do atendimento, equalizando as dificuldades financeiras e a necessidade de resultados positivos”, finalizou.
Também estiveram presentes na audiência os deputados estaduais Bira Corôa, Rosemberg Pinto, Angelo Almeida e José de Arimatéia, além do deputado federal Jorge Solla, representantes da Secretaria da Saúde, Associação de Psiquiatria, Sindicato dos Médicos, Ministério Público, Conselho Regional de Farmácia e Sociedade Civil Organizada.
02
Mai