Nessa manhã de quinta (07/05), em Feira, desde cedo, recebi vários telefonemas solicitando a minha presença em frente à garagem da empresa de ônibus Rosa, que retirou seus veículos que atendem os distritos de Feira de Santana, gerando uma situação muito complicada para todas as comunidades que, agora, tem apenas o transporte alternativo de vans para se locomover. É importante lembrar que o transporte de vans é um transporte complementar, não tendo condições de atender e cobrir sozinho as necessidades dos distritos, deixando a população desamparada nesse momento tão difícil que vive o país e o Município de Feira. Infelizmente, o transporte coletivo de Feira é um dos mais caros do país, e, sem nenhuma dúvida, também um dos piores, por conta da total falta de diálogo, falta de percepção das necessidades da cidade e, principalmente, por protecionismo por parte do Município, nos últimos 20 anos, especialmente com as empresas de ônibus que agora ameaçam demitir centenas de funcionários. As empresas não podem dar as cartas e deixar de cumprir as obrigações com as comunidades e os trabalhadores. Minha ida para atender o chamado da comunidade, observando as regras de distanciamento físico e de uso de máscara, foi no sentindo da solidariedade e da cumplicidade com o povo da nossa terra que, nesse momento, exige que o município lembre e cumpra o seu dever de fornecer transporte coletivo para toda a cidade, especialmente para os distritos, já que transporte coletivo é concessão pública e deve ser resolvida, prioritariamente, pelo Município que detém essa competência. Esperamos que predominem o diálogo, o respeito aos mais humildes e a lembrança de que o transporte coletivo tem tudo a ver com o desenvolvimento econômico social da cidade. Me coloquei à disposição, e sendo chamado, estarei presente em qualquer negociação que vise buscar saídas para esse grave problema, que precisa de muitas mãos e cabeças pensantes, como também de muito bom senso e responsabilidade por nossa gente.
08
Mai