Comerciantes sinalizam para a necessidade de mudanças na estrutura do local
Na manhã deste sábado (15), o deputado Estadual, líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto, visitou o Centro de Abastecimento de Feira de Santana. Na oportunidade o deputado observou que a insatisfação é geral com as precárias condições de higiene e infraestrutura do local. Além de conversar com os comerciantes sobre a linha de crédito que foi liberada através da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), que permite a compra dos balcões frigoríficos com percentual de juros a 4,5%, a falta de infraestrutura relatada impossibilita a instalação dos equipamentos. “O maior problema desses comerciantes é a falta de estrutura. E isso acaba afetando a competitividade deles junto ao mercado de carnes comercializadas nos grandes mercados que carregam marcas famosas”, explica.
Antônio Carlos, dono de um dos Box do Centro, diz que com um problema estrutural não há muito que eles possam fazer. “Esse financiamento é uma das condições que precisamos, porque não temos condição de trabalhar dessa forma. Queremos ter melhores condições para trabalhar e atender aos clientes, mas temos um problema estrutural sério, e a prefeitura diz que não tem condição de fazer a reforma que precisamos. Mas não temos como instalar balcão sem a reforma”, pontua.
A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), por meio do coordenador Aurino Soares Junior, responsável pela fiscalização, tem acompanhado a produção, corte e transporte das carnes que chegam ao Centro de Abastecimento, regulamentadas pela portaria ministerial 304. “Todo o processo até a chegada no Centro está correta, o problema acontece na comercialização, que está totalmente fora dos parâmetros. No entanto, chegamos a um impasse, porque nada poderá ser feito quanto à forma como as carnes são comercializadas, enquanto a Prefeitura não adequar a estrutura para que seja feita a instalação dos balcões frigoríficos”, explica Aurino.
O comerciante Wilson Marques compreende, assim como os demais vendedores, que o balcão frigorífico é necessário, mas diz não saber a quem recorrer para que as condições sejam viabilizadas. “Aqui nós precisamos de água, energia, saneamento e infraestrutura. O mercado de carne é uma grande questão de saúde pública. Era pra ser feita essa mudança quando houve a reforma. Nessa época, íamos colocar o balcão frigorífico, mas não tinha estrutura, o que acabou deixando a gente de mãos atadas sem saber a quem procurar”, relata.