Saldo do mercado de trabalho reflete os recentes resultados positivos da economia baiana no início do ano
As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes a fevereiro de 2014, indicam que a Bahia contabilizou saldo positivo de 7.420 postos de trabalho com carteira assinada. O resultado, que expressa a diferença entre o total de 69.334 admissões e 61.914 desligamentos, foi o maior na geração de empregos de fevereiro em dez anos.
O saldo do mês ficou em patamar superior ao contabilizado em igual período do ano anterior (-1.076 postos) e superior ao de janeiro de 2014 ( 4.471 postos), incluindo as declarações fora do prazo. Os dados foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
“O saldo do mercado de trabalho reflete os recentes resultados positivos da economia baiana no início do ano, a exemplo do crescimento de 6,7% no varejo, de 2,5% na produção da indústria e de 5,4% nas exportações. A solidez da economia baiana fez com que nosso mercado de trabalho apresentasse um descolamento dos demais estados nordestinos, tendo a Bahia gerado três vezes mais postos do que o segundo estado de maior desempenho nos dois primeiros meses do ano”, afirma o diretor geral da SEI, Geraldo Reis.
De acordo com ele, a SEI já vinha antevendo bom resultado do mercado de trabalho no estado, tanto pela observação da retomada do otimismo segundo o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb) quanto pelas estimativas de geração de empregos diretos e indiretos.
Liderança no Nordeste
O saldo nacional de geração de empregos em fevereiro ficou em 260 mil vagas, com destaque para São Paulo (77.928), seguido de Santa Catarina (27.891), Rio Grande do Sul (26.487) e Rio de Janeiro (25.820). A Bahia ( 7.420 postos) ocupou a primeira posição no saldo de postos de trabalho entre os estados da região Nordeste e a oitava posição no Brasil, em fevereiro de 2014.
Na região Nordeste, o estado que gerou o segundo maior saldo foi o Ceará ( 7.231 postos), Paraíba ( 1.385 postos), Sergipe ( 1.365 postos), Piauí ( 966 postos), Rio Grande do Norte ( 931 postos) e Alagoas ( 16 postos). Dois dos nove estados do Nordeste tiveram saldos negativos. O menor saldo da região foi atribuído ao Maranhão (- 866 postos), seguido por Pernambuco (- 883 postos).
Setorialmente, se destacaram nos saldos positivos da Bahia em fevereiro serviços ( 5.070 postos), seguido pelo comércio ( 1.434 postos), administração pública ( 473 postos), indústria de transformação ( 228 postos), construção civil ( 169 postos), agropecuária ( 118 postos) e Extrativa Mineral ( 68 postos). O único setor que registrou saldo negativo em fevereiro foi serviços industriais de utilidade pública (- 140 postos).
O resultado do emprego foi positivo tanto no interior do estado quanto na Região Metropolitana de Salvador (RMS). No interior, foram criados 3.786 novos postos de trabalho, e na RMS 3.634 vagas. Em fevereiro deste ano, Salvador (2.031), Lauro de Freitas (1.008) e Feira de Santana (986) se destacaram na criação de oportunidades de trabalho formal na Bahia. Salvador registrou 2.031 novos postos de trabalho, Lauro de Freitas (1.008) e Feira de Santana (986).
Acumulado do ano
O saldo referente ao acumulado dos dois primeiros meses do ano situou a Bahia com 11.891 novos postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. O resultado fez com que o estado consolidasse a liderança de geração de empregos no Nordeste.
Em segundo lugar na região, no acumulado do ano, está o Ceará ( 3.522 postos), seguido pela Paraíba ( 2.625 postos), Sergipe ( 2.587 postos), Rio Grande do Norte ( 1.858 postos) e Piauí ( 878 postos). Os estados que tiveram saldos negativos, no acumulado dos dois primeiros meses de 2014, foram Pernambuco (- 4.879 postos), Maranhão (- 4.878 postos) e Alagoas (- 4.520 postos).
Ainda no acumulado dos dois primeiros meses do ano, os setores que registraram saldos positivos foram serviços ( 8.317 postos), construção civil ( 1.377 postos), indústria da transformação ( 1.338 postos), comércio ( 425 postos), administração pública ( 424 postos), agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca ( 199 postos) e extrativa mineral ( 17 postos). O único setor que apresentou saldo negativo no acumulado do ano foi o de serviços industriais de utilidade pública (-206 postos).
Quanto ao saldo de emprego de janeiro a fevereiro de 2014, enfatiza-se que a participação do interior do estado na geração de empregos formais foi um pouco maior do que a participação da RMS. Enquanto o interior criou 6.180 novos postos, a RMS gerou 5.711 novos postos de trabalho com carteira assinada.