“Estas audiências públicas possibilitam a compreensão real da situação do transporte coletivo e suas problemáticas”, avaliou Zé Neto
Na manhã desta sexta-feira (18) representantes públicos e comunidade feirense participaram de audiência, solicitada pelo Ministério Público, para fazer um diagnóstico da situação do transporte coletivo em Feira de Santana.
Na oportunidade, estiveram a mesa o promotor de justiça, Sávio Damasceno; promotora Márcia Moraes; secretário de transportes do município Ebenezer Tai; secretário de desenvolvimento urbano, José Pinheiro; vereador Edvaldo Lima; vereador Alberto Nery, representando o Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana e Ronaldo Mendes, representando o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano - Sincol.
Segundo o promotor Sávio, esta etapa do trabalho tem como objetivo colher provas para que o ministério público possa saber um prognóstico das deficiências, de forma mais pontual. ”Sabemos das deficiências, mas para que as melhorias possam ser mais efetivas, é necessário ouvir a população e elaborar um planejamento revisando horários, linhas e quantidades de veículos”.
Dezenas de usuários do transporte público usaram o microfone para fazer suas queixas e denúncias quanto a má prestação do serviço. As reclamações partem de questões elementares como as condições de higiene e segurança dos veículos, até a quantidade de ônibus disponíveis e seus horários.
A usuária Solange Guerra resumiu o sentimento da população feirense. “É preciso elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Plano de Mobilidade para rever o sistema, pois como está não temos direito a cidade! São horários não cumpridos, frota sucateada e ônibus em quantidades reduzidas”.
Zé Neto avaliou a audiência como fundamental para saber onde está o problema. “Estas audiências públicas possibilitam a compreensão real da situação do transporte coletivo e suas problemáticas. Parabéns ao Ministério Público que trouxe para o foco este debate importante para os interesses da cidade”.
Segundo Zé Neto, a solução para este problema histórico de Feira de Santana é a integração dos modais. “Infelizmente o que vivemos há décadas, independente de quem seja o prefeito da cidade, é um transporte coletivo comandado por interesses que não são os da sociedade. É preciso mudar o sistema como um todo, ou veremos o BRT - que é noticiado como um avanço – integrar esta lógica errada. É preciso maturidade para levar a mesma mesa, representantes das vans, mototaxis, taxistas e transporte coletivo, para que possam combinar as ações, neste conjunto que faz a cidade se movimentar”, finalizou.