O Centro Pan-Americano de Judô (CPJ), equipamento construído na praia de Ipitanga, no município de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi entregue nesta segunda-feira (28) à Confederação Baiana de Judô (CBJ) pelo governador Jaques Wagner e pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo. O empreendimento é o mais novo e moderno centro de excelência de judô construído na América do Sul e, em novembro, já recebe a seleção italiana para uma competição inaugural. O objetivo é preparar a seleção brasileira de judô para as Olimpíadas de 2016.
Para o governador, o judô é um esporte que ajuda na formação do ser humano. “São atletas centrados, com disciplina. Eu me orgulho desta ser uma das modalidades nas quais mais conseguimos medalhas nas Olimpíadas. Subimos 19 vezes ao pódio. O judô é um elemento de educação e de formação do caráter, e este centro é um templo do esporte. Não tenho dúvida que este é um investimento para o futuro”.
O ministro Aldo Rebelo disse que o centro faz parte do Plano Brasil Medalha, parte da estratégia do governo federal para as Olimpíadas de 2016. “Esta obra está relacionada com a implantação de uma infraestrutura que permita o treinamento de atletas de alto rendimento. Este é o principal centro pan-americano de judô, o maior do mundo. É também parte do legado do nosso projeto olímpico - vai ajudar a preparar a nossa equipe e também as futuras gerações”.
Estrutura
Construído numa área de 20 mil metros quadrados no bairro de Ipitanga, em Lauro de Freitas, o Centro Pan-Americano de Judô é dividido em três prédios – um administrativo, um de alojamento com capacidade para 78 atletas e o ginásio. Ao todo, são oito áreas destinadas a treinamento e quatro para competição, com capacidade para um público de duas mil pessoas. A área externa tem piscina e quadra poliesportiva.
O centro recebeu investimentos da ordem de R$ 43 milhões, sendo cerca de R$ 20 do Ministério do Esporte, R$ 18 milhões do Governo do Estado e, para equipar o local, outros R$ 5 milhões estão sendo investidos pela Confederação Brasileira de Judô, que terá a posse do equipamento por 25 anos.
Tradição
Segundo o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, a Bahia tem tradição nos esportes de contato e passa por uma renovação. “Um equipamento destes agrega e eleva a prática esportiva, atendendo à vocação baiana. O atleta é quem ganha a medalha, mas há toda uma equipe envolvida na preparação. Nós fazemos treinamentos internacionais com constância porque há necessidade de mesclar estilos e conhecimento”.
O campeão olímpico Rogério Sampaio disse ter ficado emocionado com o centro. “Nós não tínhamos um equipamento que chegasse próximo a este aqui, nem imaginávamos que um dia o judô poderia ter uma casa como esta. Me deixa emocionado ver uma estrutura que contempla não só o treinamento, mas tudo o que é importante – a preparação física e psicológica do atleta, um atendimento nutricional, um alojamento que é um hotel. Fico feliz que esta e as próximas gerações tenham um local deste para se desenvolver”.